Com exigências e prioridades distintas, a arquitetura de uma planta industrial deve sempre manter a atenção com uma série de cuidados e aspectos do ambiente produtivo, incluindo a segurança, a logística, o controle de qualidade e o layout de produção.
Cada vez mais complexos e inovadores, os projetos de plantas e galpões industriais devem atender às transformações do setor e às particularidades de cada segmento, avaliando os melhores elementos e as soluções adequadas para otimizar a rotina operacional.
Neste artigo, nós te ajudamos a entender como elaborar e executar projetos que unem estilo, funcionalidade e inovação, construindo ambientes mais produtivos e seguros para as operações de seus clientes!
Conceito e objetivo da arquitetura para a indústria
A arquitetura da planta tem um importante papel na qualidade e segurança da indústria, projetando espaços que apoiam a rotina do chão de fábrica, bem como a proteção e o conforto dos colaboradores.
Os profissionais que trabalham nesta área de especialidade devem compreender os processos industriais para criar instalações capazes de otimizá-los. O arranjo reflete diretamente no fluxo da linha de produção, desde como as matérias-primas são entregues e como os materiais são organizados para a fabricação, até como os produtos são armazenados, inspecionados e enviados para os clientes ou centros de distribuição.
Assim, um projeto arquitetônico industrial considera todas as variações de processos para chegar a um layout que forneça flexibilidade e eficiência, atendendo ainda aos critérios de qualidade e controle do segmento.
A revolução industrial e a evolução da arquitetura
Para compreendermos o papel da arquitetura na indústria moderna, é importante conhecermos o seu surgimento e a sua evolução ao longo dos últimos séculos.
O processo de industrialização, que se fortaleceu na Grã Bretanha no fim do século 18 e começo do século 19, trouxe uma nova frente para a arquitetura mundial, transformando conceitos, funções e estilos.
Até então, os edifícios industriais serviam apenas para atender às necessidades e atividades primordiais de uma fábrica. Os espaços retangulares, construídos em tijolo ou pedra, com tetos de madeira e paredes internas de gesso, raramente contemplavam elementos decorativos e, quando sim, eram sempre simples e clássicos. Além disso, os ambientes não incorporavam aspectos projetados para a agilidade e dinamicidade da produção, muito menos para a segurança da equipe.
No entanto, a segunda revolução industrial, ocorrida no final do século 19 e no início do século 20, trouxe mudanças significativas para o setor e toda a sociedade ocidental. O processo de urbanização, os avanços da tecnologia e as linhas de produção cada vez mais precisas transformaram não só a importância e as estratégias da arquitetura industrial, como também da arquitetura urbanística das cidades.
Nesse período, o projeto arquitetônico clássico perdeu status para soluções pré-fabricadas, assimilando sistemas construtivos mais simples e rápidos. Até então, havia baixa qualidade estética, e a prioridade número 1 era a funcionalidade.
Foi só a partir da década de 70 que esse cenário começou a mudar, com arquitetos e artistas retomando a consciência sobre o impacto de suas obras nos ambientes ao redor. Além disso, a maior preocupação com o design e o uso de novos materiais de construção, como o metal e o concreto, marcaram mudanças importantes para o papel e os elementos da arquitetura industrial.
Inclusive, muitos historiadores argumentam que os edifícios industriais do início e meados do século 20 tiveram grande influência nas tendências da arquitetura moderna. A partir da década de 90, a estética, o conforto e a segurança já integravam os novos projetos.
Hoje em dia, já podemos observar os conceitos da indústria 4.0 compondo e direcionando a arquitetura de plantas industriais gradativamente, com ambientes, equipamentos e processos cada vez mais integrados.
Elementos de uma planta industrial
Projetar uma planta industrial exige experiência, expertise e um conhecimento aprofundado do arquiteto em relação ao produto e à rotina operacional da fábrica. Os aspectos e requisitos técnicos, como acessos e fluxos, bem como a perspectiva de futuras expansões, não devem ser deixados de lado durante o planejamento da obra.
O arquiteto deve prever os melhores sistemas e materiais construtivos para a elaboração de espaços mais versáteis, dinâmicos, seguros, bem iluminados e arejados.
Uma indústria que apresenta ambientes refrigerados, mas também um elevado fluxo operacional, por exemplo, demanda soluções logísticas mais ágeis e seguras, com maior atenção ao isolamento térmico e à vedação dos espaços – Fica a cargo do arquiteto escolher materiais e elementos que atendam a esses requisitos, como portas rápidas com abertura e fechamento automáticos.
Estética x funcionalidade
Apesar do foco em funcionalidade, a arquitetura de plantas industriais evoluiu para combinar estética e design, revelando obras impressionantes, dignas de admiração e reconhecimento. Cada vez mais, os projetos não são focados apenas no objetivo principal de abrigar uma linha de produção, mas também chamam a atenção por conta de seu design.
A arquitetura industrial apresenta principalmente um estilo minimalista, fazendo uso de linhas limpas, telhados planos, bordas salientes e superfícies polidas. Esse estilo vem, inclusive, se tornando popular nas últimas décadas, atendendo não só às unidades de fabricação como a ambientes corporativos e residenciais.
Muitos arquitetos tomam o ambiente industrial como uma inspiração para criar espaços mais modernos e dinâmicos, agregando conhecimento quanto aos melhores materiais, processos e modelos.
Elementos do estilo e da estética industrial
- Tubulações aparentes;
- Cores discretas, como branco, cinza, marrom, preto e bege – ou que combinem melhor com a mensagem publicitária da empresa;
- Pisos mais simples, como cimento queimado e plurigoma;
- Revestimentos tradicionais e rústicos, como tijolo e concreto, combinados com acabamentos naturais.
Características e exigências técnicas dos ambientes
As instalações industriais são altamente regulamentadas para proteger os trabalhadores e os usuários finais dos produtos. Assim, um projeto arquitetônico verdadeiramente confiável deve considerar aspectos técnicas que incluem:
- Segurança;
- Fluxos de trabalho;
- Armazenamento dos produtos;
- Sensibilidade do ambiente;
- Consumo de energia;
- Conformidade com as regulamentações.
Cada planta apresenta características distintas em termos de tamanho, escopo e elementos programáticos, no entanto, todas devem incluir algo em comum: uma relação respeitosa com os colaboradores, a qualidade e o meio ambiente. Aliás, o arquiteto deve sempre buscar soluções para construir um design inovador que, ao mesmo tempo, ofereça produtividade, rentabilidade, proteção e crescimento sustentável!
Tipos de edifícios industriais mais comuns: Cervejarias, Destilarias, Fábricas, Plantas de Montagem, Instalações de Embalagem, Armazéns, Dispositivos Médicos, Instalações de Fabricação de Produtos Farmacêuticos e Biotecnológicos, Centros de Distribuição, Instalações de Pesquisa e Teste.
O futuro da arquitetura na indústria
Conforme comentamos anteriormente, muitos historiadores da arquitetura defendem que os edifícios industriais do século 20 apresentam uma forte influência nas tendências gerais da arquitetura para a era moderna. Indubitavelmente, plantas e galpões tornaram-se os destaques arquitetônicos dos centros urbanos e continuaram a alterar a aparência das ruas residenciais de seus entornos.
Outra mudança no design de edifícios industriais está na sustentabilidade, conforme nossa cultura começa a se tornar cada vez mais consciente do impacto da arquitetura no ambiente natural. Arquitetos progressistas estão procurando criar edifícios, de todos os tipos, que sejam ecologicamente corretos.
Podemos dizer que diversas opções de estruturas sustentáveis estão surgindo em todo o setor, e alguns arquitetos também estão desafiando a maneira como vemos o projeto arquitetônico de plantas industriais nos dias de hoje. O mais importante é que a indústria e a arquitetura continuem evoluindo juntas, afinal, uma dá o suporte para a outra!
Projetando uma planta industrial
Após a escolha do terreno, o trabalho do arquiteto deve ser a compreensão das propostas de masterplan, de volumetria dos edifícios e de compartimentação, lembrando sempre dos requisitos técnicos importantes que comentamos nos tópicos anteriores.
Os projetos arquitetônicos devem levar em conta aspectos como:
- Logística industrial;
- Arranjo físico do chão de fábrica;
- Controle de riscos e contaminações;
- Segurança do trabalho na indústria.
Nesse cenário, diversos elementos podem ser integrados ao projeto, trazendo inovação e praticidade para a planta e toda a rotina da indústria.
Portas rápidas, por exemplo, podem ser incorporadas em um design industrial, promovendo a agilidade, segurança e a dinamicidade do ambiente produtivo.
Além disso, optar por equipamentos mais eficientes e com operação otimizada, como as niveladoras hidráulicas para docas, por exemplo, garante maior desempenho e confiabilidade às operações e à rotina da indústria.
O papel do arquiteto focado em edifícios industriais é avaliar as melhores opções e unir os elementos certos para garantir um projeto relevante esteticamente e operacionalmente!
Quer saber mais sobre esse aspecto do projeto de uma planta industrial? Confira nosso artigo “Logística Interna: Como agilizar o ciclo produtivo?”
BIM Industrial
Uma ferramenta que pode contribuir significativamente com os profissionais da área é a Biblioteca BIM (Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção), um software que reúne todas as especificações técnicas de produtos, materiais e equipamentos que fazem parte de um projeto arquitetônico.
O objetivo dessa tecnologia é ajudar engenheiros e arquitetos a garantirem maior precisão e praticidade no planejamento da obra. No próprio desenho, já é possível incluir os itens disponíveis em 3D na biblioteca virtual. Isso facilita o trabalho do arquiteto ou engenheiro ao projetar um ambiente, prevenindo risco de falhas e problemas com medições equivocadas durante a construção.
Mantendo em mente que os detalhes importam (e muito), a RAYFLEX desenvolveu uma biblioteca completa e exclusiva com portas rápidas e niveladoras de docas para apoiar engenheiros e arquitetos na criação de projetos industriais, logísticos e comerciais!
A ferramenta oferece todos os dados importantes para que os profissionais sejam capazes de projetar layouts industriais com soluções focadas em dinamicidade, segurança, controle de temperatura e pressão, higiene e vedação.
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