Os acidentes relacionados ao transporte de cargas perigosas nas estradas de São Paulo atingiram a marca de 939 ocorrências em 2020. O número do relatório “Ocorrências no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Estado de São Paulo” mostra que, em média, foram 78,25 ocorrências por mês. O deslocamento e armazenamento de substâncias explosivas, inflamáveis e tóxicas exige uma série de regulamentações devido ao risco elevado. Com isso, setores da indústria, transportes e operações logísticas investem em medidas de segurança essenciais para preservar a integridade física das pessoas e do meio ambiente.
De maneira geral, as cargas perigosas podem apresentar risco biológico, químico ou radiológico. No Brasil, esse assunto já é discutido há alguns anos e de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagens (DER), o país foi o primeiro da América Latina a desenvolver uma legislação – que continua em vigor – referente ao transporte e armazenamento de cargas perigosas. Criada em 1993, tem como principal objetivo garantir que todos os envolvidos nessa operação estejam seguros.
Transporte de cargas perigosas: Armazenamento
Outra referência importante para manter a segurança é a NR 16: conjunto de medidas para identificar situações de periculosidade dentro das indústrias, especialmente naquelas que apresentam algum tipo de risco. Na prática, a norma exige um laudo técnico atualizado anualmente para garantir a integridade física dos empregados. O documento deve conter informações como: áreas de risco, identificação da atividade realizada, embasamento em normas técnicas e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
E quando o assunto é sobre cargas perigosas, o cuidado começa com a infraestrutura de armazenagem, antes mesmo de ganhar as estradas brasileiras. Nesta etapa, o local de armazenamento de explosivos, líquidos inflamáveis e outros tipos de produtos químicos deve ser habilitado para o recebimento desses materiais, mesmo que por pouco tempo devido à presença de outros conteúdos inflamáveis, por exemplo, ou até mesmo veículos e equipamentos.
Transporte de cargas perigosas: Segurança no trabalho
Nos últimos anos, a tecnologia acompanhou o avanço das normas regulamentadoras. Além de mais seguras, as soluções representam um ganho de eficiência operacional. Um exemplo deste investimento parte da indústria brasileira líder do segmento de portas rápidas, a Rayflex. Com mais 30 anos de atuação, a empresa vem ganhando espaço no setor de armazenamento de cargas perigosas com uma tecnologia de portas automáticas com velocidade de abertura de até 2,5 m/s indicada para locais que possuem alto fluxo e movimentação de produtos que devem ficar em ambientes fechados. A solução garante economia de energia, o controle de temperatura e a vedação contra a entrada de contaminantes que podem colocar em risco colaboradores, insumos e produtos.